domingo, 29 de junho de 2008

O que se vê


Pela fresta estreita em que me permito ver a vida,
insiste em me turvar a visão
esta névoa contínua das minhas incertezas.
O lugar no horizonte o seu próprio nome diz...
Vejo apenas uma fração do nascer
ou do porvir da existência.
Se claro, vejo pálido; se escuro, aí vejo tudo.
Tão limitada é a consciência dos seus limites
que, como um asno, se permite tampar os olhos
para trilhar seguro seu pedaço na história.






(Verdes Versos - 2003)